A realização de experiências com componentes é muito importante para o estudante, hobista ou iniciante. Através destas experiências podemos entender melhor seu princípio de funcionamento e utilizá-los da melhor maneira possível. O nosso focalizado desta edição é um circuito integrado TTL bastante comum, o 7400.
O 7400 é o primeiro integrado da extensa família de integrados TTL. Este componente pode ser adquirido a baixo custo, com facilidade, com diversas denominações como SN7400, DM7400, MH7400 etc. As letras iniciais identificam os fabricantes. Não devemos confundir o 7400 da Série normal com alguns "aparentados" como os 74LS00, 74H00 e outros em que existem letras entre o 74 e o número de série.
Este componente é encontrado num invólucro DlL de 14 pinos, conforme mostra a figura 1.
Duas são as formas que temos para trabalhar com este componente e realizar experiências.
Uma delas é com ajuda de uma matriz de contatos (preferível hoje). Os pinos do 7400 se encaixam diretamente na matriz, facilitando assim as conexões elétricas.
A outra maneira consiste em se utilizar um soquete do tipo “molex", conforme mostra a figura 2, e fixá-lo por meio de fios em duas pontes de terminais.
Uma terceira alternativa, para os mais pacientes, consiste na utilização de uma placa de circuito impresso universal de que falaremos oportunamente.
Observe que a identificação dos terminais e feita pela contagem sempre num determinado sentido.
A alimentação deve ser feita com uma tensão de 5 V que pode ser obtida de duas formas. Uma delas consiste no uso de 4 pilhas que fornecem 6 V e depois reduzir para aproximadamente 5,4 V com ajuda de um diodo, conforme mostra a figura 3, e outra consiste numa fonte com o integrado 7805 também mostrada na mesma figura.
O integrado em questão é projetado especialmente para alimentar circuitos TTL e fornece até 1 ampère de corrente. Muitos integrados TTL podem ser alimentados com ele.
Os integrados TTL têm limitação quanto ao que podem alimentar na sua saída. Assim, podemos acender LEDs, mas isso tem uma limitação porque a corrente disponível na saída é relativamente pequena. Temos então duas possibilidades que podem ser testadas numa experiência.
O caso em que o LED acende no nível LO (baixo) é o preferido para as experiências práticas, .pois as saídas do TTL 7400 podem fornecer 16 mA, enquanto que no nível HI esta corrente se reduz a 0,5 mA aproximadamente apenas. (fig. 4)
Se quisermos que o LED acenda no nível HI será preciso usar um transistor driver como mostra a figura 5.
A partir de tudo isso podemos elaborar dois circuitos experimentais com o 7400.
PISCA-PISCA
O primeiro circuito é de um pisca-pisca experimental com LEDs que é mostrado na figura 6.
Na figura 7 temos sua montagem na matriz de contatos.
O capacitor determina a velocidade das piscadas e pode ser variado na faixa de 10 uF a 1 000 uF. O resistor influi também na frequência, mas seu valor é mais crítico, não devendo pois ser trocado.
O que fazemos neste circuito é ligar um par de portas de modo que elas se realimentem numa velocidade dada pelo capacitor.
Com isso o circuito entra em oscilação com as saídas indo para os níveis Hl e LO alternadamente.
Este circuito pode ser usado como clock ou gerador de “sincronismo" para circuitos lógicos, em velocidades bem maiores, caso em que o capacitor será consideravelmente reduzido.
SIRENE
Na figura 8 temos uma interessante sirene que pode ser montada com um 7400 e um transistor.
A disposição real dos componentes na placa é mostrada na figura 9.
No integrado 7400 temos 4 portas NAND - duas delas são usadas num oscilador de áudio que produz um som, e as outras duas num oscilador mais lento que controla o primeiro. Assim, o som fica sendo ligado e desligado constantemente, numa velocidade que depende do valor do capacitor eletrolítico.
Altere o valor deste componente na faixa de 10 uF a 100 uF para ver o que acontece. O tom é dado pelo outro capacitor que também pode ser alterado.
O sinal de áudio que é muito fraco é levado a um transistor que o amplifica.