Um tipo de projeto que nossos leitores estavam cobrando na época era o de um Walk-Talkie. Era a sensação do momento com alguns tipos de brinquedo (caros) chegando ao marcado e sendo cobiçados, principalmente pelas crianças. Montar um com componentes comuns seria uma glória e logo nos mobilizamos para ter o nosso. Conseguimos.

 


 

 

E foi assim que na revista Eletrônica Total 43 de abril de 1992 publicamos, não apenas o projeto de um walkie talkie como também o disponibilizamos em kit.

Anunciado na capa, o circuito era totalmente transistorizado, sem ajustes críticos e um alcance que chegava aos 200 metros.

O circuito se baseava numa configuração que já nos era muito conhecida, pois a usamos em diversos projetos publicados na revista. Para o transmissor, um circuito oscilador com um transistor na configuração de base comum, o mesmo usado em muitos de nossos transmissores de FM, ondas curtas e VHF. Um circuito estável com boa potência e facilmente modulável.

O circuito operava em 31 MHz, uma frequência não muito ocupada na época e que, portanto, não apresentava problemas de interferências.

Para o receptor, usamos um detetor superregenerativo, como já tínhamos usados em diversos tipos de receptores, para FM e VHF o que garantia estabilidade, sensibilidade e uma seletividade menor para tornar menos crítica a sintonia do transmissor no outro elemento do par.

Assim, os ajustes eram basicamente levar o transmissor e o receptor de cada aparelho a sintonizar a mesma frequência.

O ponto crítico da montagem, como sempre nesse tipo de aparelho, estava nas bobinas. Se bem que indicássemos o uso de formas de FI que poderiam ser obtidas em rádios velhos, havia sempre o problema de se obter os fios e de fazer corretamente o enrolamento.

Com o kit não havia esse problema, pois as bobinas iam prontas para uso.

As limitações principais estavam justamente nos ajustes e também na alimentação por bateria de 9 V que não apresentava uma autonomia das maiores. E, naquela época, assim como hoje, essas baterias eram caras.

As questões principais dos nossos leitores, além dos problemas de montagem, estavam na possibilidade de se obter um alcance maior. Muitos nos escreveram querendo saber se seria possível aumentar o alcance com a troca do transistor do transmissor e/ou com o aumento da tensão de alimentação.

Sim, existia essa possibilidade, com a alimentação por 12V (8 pilhas AA ou AAA, e ainda a troca do transistor do transmissor BF494 por um 2N2218. Com isso, seria possível chegar aos 500 metros.

Veja o artigo Walkie Talkie (Transceptor Portátil) (ART4969).

 

 

 

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