Antigamente, quando não havia o rádio e nem a internet, uma atividade muito em moda, principalmente para os que moravam em regiões afastadas, era observar o céu. Muitos tinham seus telescópios com os quais passavam horas durante as noites claras observando o cosmos.

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Com o crescimento das cidades e a iluminação pública, a chegada da internet e da TV, as pessoas das regiões urbanas, mesmo quem saiam de casa para observar o céu, pouco podem ver. A forte iluminação ofusca o fraco brilho das estrelas e somente uma outra de maior brilho ou a lua podem ser vistos. A observação astronômica nos centros urbanos está enormemente limitada.

Uma campanha mundial no sentido de reduzir os efeitos da iluminação pública na observação do céu está sendo feito. Ela visa dirigir para baixo os feixes das lâmpadas de iluminação pública, de modo que não afetem a observação do céu e, além disso, reduzir sua intensidade a níveis que não afetem o uso de um telescópio.

A foto abaixo mostra que, mesmo a dezenas de quilômetros de muitos centros urbanos é impossível usar um telescópio.

 


 

 

Nessa foto, obtida na internet temos uma ideia de como a poluição visual causada pela iluminação das cidades afeta a visão do céu.

No interior, o desinteresse vem da presença da TV que impede que muitas pessoas saiam de suas poltronas para dar uma simples olhadinha no céu e contemplar as maravilhas da via láctea, por exemplo; No entanto, ao lado desse problema, a divulgação de descobertas, fotos tiradas por satélites, observatórios em órbitas, está trazendo de volta o interesse pelas maravilhas do céu.

Assim, muitas pessoas lendo notícias na internet sobre asteroides ameaçadores, descobertas de novos planetas, fenômenos diferentes na lua, voltaram a se interessar pela astronomia.

É claro que muito do que circula na internet é escrito por quem não tem conhecimento algum dos mais elementares princípios da astronomia. Recentemente recebemos a notícia de que um asteroide estaria ameaçando destruir a terra nas semanas seguintes. O asteroide tinha apenas 6 metros de diâmetro...

Mas, observar o céu ainda é possível e muitos ainda têm pequenos telescópios com os quais podem ver muitas coisas interessantes no céu, e mais que isso, ensinar aos seus filhos, sobrinhos e netos alguma coisa sobre as maravilhas da natureza.

Me lembra um conto de Isaac Asimov em que uma população vivia num planeta com 3 sóis. Estes sóis orbitavam entre si de tal forma que nunca escurecia no planeta. A sua população nunca havia visto um céu estrelado.

Num determinado momento, entretanto, os sós se posicionaram de tal forma que o planeta teria um dia (ou noite) em que seria possível ver o céu estrelado. As piores notícias começaram a circular entre a população.

Muitos diziam que quem olhasse para o céu naquele dia iria ficar cego. Outros diziam que as comunicações iriam cessar e todas as máquinas parariam. Ainda existiam os que apregoavam que sem a proteção da luz das estrelas a radiação mataria a todos...

Este conto nos dá uma lição importante. Precisamos conhecer a natureza para poder não falar coisas erradas sobre ela. Estamos esquecendo o céu. Muitas lojas estão vendendo bons telescópios para a iniciação a observação astronômica que podem revelar coisas muito interessantes aos leitores.

Eu mesmo tenho meus telescópios e já fiz alguns vídeos interessantes sobre ele e como usar um telescópio (https://www.youtube.com/watch?v=l0IXza9ti78). Vamos descobrir mais maravilhas da natureza, vamos observar o céu. Nada mais repousante e que nos faz pensar de uma forma mais intensa nas maravilhas da criação do universo em que vivemos.