Os fósforos, de diversos tipos, são usados para recobrir as telas de cinescópios, TRCs, e outros dispositivos onde a incidência de um feixe de
Elétrons deve produzir uma imagem luminosa.
Contribui para a persistência da imagem na tela de um osciloscópio ou outro tipo de TRC o tipo de fósforo com que ela é recoberta.
Quando o feixe de elétrons incide na tela, o ponto em que isso ocorre ainda permanece brilhante por algum tempo.
Assim, da mesma forma que temos a persistência retiniana para termos a sensação de uma imagem contínua, também devemos considerar a persistência do fósforo com que a tela é recoberta.
Os osciloscópios utilizam tubos de raios catódicos com diversos tipos de fósforos que dependem da aplicação a que se destinam.
Um fósforo de alta persistência, por exemplo, é usado para se observar sinais lentos, como os que ocorrem quando o aparelho é usado no monitoramento médico (batimento cardíaco, etc.).
Já, um fósforo de baixa persistência, é usado na observação de fenômenos muito rápidos, ou seja, sinais de altas freqüências.
A tabela abaixo, relaciona os tipos de fósforos mais comuns. Nela denominamos “fluorescência” a emissão de luz pelo impacto dos elétrons o que é diferente de “fosforescência” que é a emissão de luz pelo material que ocorre depois que ele deixa de ser excitado.
Nessa tabela, o decaimento é a perda da intensidade em porcentagem por milissegundo. Por exemplo, um fósforo de decaimento 50 precisa de 50 milissegundos para que sua intensidade caia a 0,1% do brilho máximo.
Tipo de fósforo |
Fluorescência |
Luminância relativa (%) |
Decaimento (%/ms) |
Uso |
P1 |
Verde-amarelada |
50 |
95 |
Geral |
P2 |
Verde-azulado |
55 |
120 |
Média velocidade |
P4 |
Branco |
50 |
20 |
Fenômenos rápidos |
P7 |
Azul |
35 |
1200 |
Fenômenos lentos |
P11 |
Azul-Púrpura |
15 |
20 |
Fotografia |
P31 |
Verde-amarelado |
100 |
32 |
Uso geral |
Nas aplicações comuns em eletrônica o mais usado é o P31.
É importante observar que um feixe de alta intensidade não podem incidir por muito tempo no mesmo ponto de uma tela, pois ele causa a “queima” desse ponto, ou a destruição desse local.
O ajuste correto da intensidade do feixe “brilho” é importante para prolongar a vida útil de um osciloscópio.
Também devemos falar do fenômeno denominado “emissão secundária” .
Esse fenômeno ocorre quando os elétrons, incidindo na camada de fósforo provocam a emissão de novos elétron que tendem a dispersar o feixe.
Para evitar isso, é colocada no interior uma capa condutora denominada aquadag, cuja finalidade é captar os elétrons emitidos nessas condições.
Essa camada é ligada ao segundo anodo acelerados sujeita, portanto, a uma elevada tensão positiva.
Para a TV os fósforos usados devem levar em conta o tempo que a imagem deve persistir, sem que haja sobreposição de quadros ou frames, o que exige o uso de fósforos de baixa persistência.
Ver também:
- Osciloscópios (283)
- TRC (61)
- Persistência retiniana (704)