Com o foco das atenções na forma do ensino em nosso país, que não deve demorar e que é absolutamente necessária, o tema STEM vem à tona, diferentemente de outros países mais avançados, onde ele já é aplicado há vários anos. Veja neste artigo como o ensino de ciências, tecnologia, engenharia e matemática é abordado em países avançados e como podemos (precisamos) fazer o mesmo.

STEAM é o acrônimo para Science Technology Engineering and Mathematics ou Ciência, tecnologia, Engenharia e Matemática.

Trata-se de uma nova (na verdade não tão nova, pois vem de 2009) abordagem curricular que inclui a partir do ensino fundamental disciplinas que visam aumentar a competitividade e a integração no mercado que, em nossos dias, depende desses temas.

É uma abordagem interdisciplinar que procura integrar os temas básicos do STEM de modo a utilizá-los num conjunto único e não como disciplinas separadas, como hoje ocorre no currículo normal.

De fato, em vários artigos neste site temos mostrado a necessidade de integrar as diversas disciplinas de tal forma que os conceitos possam ser interligados nas aplicações que ocorrem hoje.

Um engenheiro eletrônico que trabalhe numa empresa da área médica ou que desenvolva um produto para tal área não pode ter seus conhecimentos limitados à engenharia e à matemática. Deve também ter conhecimentos de outras disciplinas como as ciências biológicas e a própria química.

Não há mais a separação das disciplinas que possam ter ligações com a tecnologia quando pensamos em aplicações práticas.

Hoje temos temas em alta como a Internet das Coisas (IoT), mas as coisas que integram internet têm muito a ver com o meio ambiente, o mundo vivo e as próprias pessoas, o que está nos levando a IoP, ou internet das pessoas (Internet of People).

O desenvolvimento, uso e instalação e até como ferramenta de estudo de aplicações IoP envolvem um conhecimento interdisciplinar que hoje não é abordado nas nossas escolas.

A ideia do STEM vem de 2009 e em diversos países essa nova abordagem curricular já existe, com incentivos que vão desde verbas maiores dos governos, até sites e publicações especializadas chegando a concursos.

Precisamos ter a mesma abordagem em nosso país, se bem que o que fazemos neste site já se integra nisso.

Artigos de todos os tipos para o ensino de tecnologia, ciências, engenharia e matemática podem ser encontrados no nosso site, atingindo até mesmo os estudantes do ensino fundamental.

Na verdade, já fazemos isso no Colégio Mater Amabilis de Guarulhos, criando o plano de ensino de ciências, tecnologia, engenharia e até matemática que parte do ensino fundamental.

Não se trata simplesmente de ensinar a “mexer no computador”, prática adotada por muitas escolas quando se apregoou que elas deveriam ensinar tecnologia para seus alunos. É muito mais que isso.

É uma abordagem prática em que se incentiva o uso de ferramentas, realizam-se montagens práticas, projetos de pesquisa usando as 4 disciplinas que formam a sigla STEM.

Nos Estados Unidos, o departamento de educação do governo criou um comitê, o Committee on Stem Education (CoSTEM) com a finalidade de criar uma estatégia de investimento para engajar os jovens na nova modalidade de ensino de tecnologia.

A administração atual do presidente Obama destinou uma verba de 3,1 bilhões de dólares para os programas de educação STEM a partir de 2012.

A importância desse trabalho é revelada num estudo em que se verifica que no ano de 2018 serão necessários nos Estados Unidos perto de 8,65 milhões de novos trabalhadores que tenham habilidades relacionadas com o STEM.

A ideia é que se pode preparar o estudante a partir dos níveis mais baixos para ter habilidades profissionais relacionadas com o STEM sem que necessitem de um bacharelado para trabalhar. Podemos fazer o mesmo.

O estudante que sai do ensino médio e que não cursou uma escola técnica não possui nenhuma habilidade profissional, principalmente técnica, para poder assumir qualquer tipo de trabalho.

E, ao mesmo tempo, notamos o déficit de profissionais em áreas técnicas que necessariamente não precisar ser ocupadas por pessoas que tenham cursos técnicos ou superiores.

Hora de pensar nisso.

 

O que já fazemos

Nossa vocação sempre foi educacional. Isso poder ser facilmente constatado para quem conhece nosso trabalho, nosso site e nossos livros (VEJA NOTA ABAIXO).

(*) Estamos no caminho certo. Desde de 2009 temos abordado esse tema em nossos trabalhos. Se bem que não tenhamos sido ouvidos pelas autoridades locais, temos a satisfação (e de certo modo decepção) de ver nossos livros indicados para o currículo STEM nos Estados Unidos. É o caso de vários livros que publicamos naquele país e que hoje aparecem nas livrarias e programas classificados como temas STEM. Veja no endereço abaixo artigo que mostra nosso livro publicado no Technical Education Magazine do IEEE em literatura técnica indicada: http://www.techedmagazine.com/node/4077

 

Além do trabalho pessoal em que usamos tecnologias avançadas como o Multisim, Arduino, Celular como ferramenta de estudo, temos uma enorme quantidade de artigos que podem ajudar professores e alunos interessados em STEM e livros.

Dentre os livros, destacamos:

- Brincadeiras e Experiências com Eletrônica – Serie de 13 volumes

- Como Fazer Montagens

- Curso de Eletrônica – Eletrônica Básica e Analógica (2 volumes)

- Projetos Educacionais com Energia Alternativa

- Projetos Educacionais de Robótica e Mecatrônica

- Projetos Educacionais em Matriz de Contatos

- Projetos Eletrônicos Para o Ensino de Física

 

Para os artigos destacamos as seguintes seções com centenas de artigos teóricos e práticos que podem ser usados por professores e alunos:

- Seção – Circuitos com o Celular

- Seção Artigos

- Seção – Mini Projetos

- Livros para Download (Grátis)

- Mecatrônica

 

Informações do exterior:

http://www.livescience.com/43296-what-is-stem-education.html

http://www.stemedcoalition.org/

https://en.wikipedia.org/wiki/Science,_technology,_engineering,_and_mathematics

 

Declaração do Presidente Obama sobre o assunto:

 

“[Science]“[Science] is more than a school subject, or the periodic table, or the properties of waves. It is an approach to the world, a critical way to understand and explore and engage with the world, and then have the capacity to change that world...
“[Science]“[Science] is more than a school subject, or the periodic table, or the properties of waves. It is an approach to the world, a critical way to understand and explore and engage with the world, and then have the capacity to change that world..." — President Barack Obama, March 23, 2015

 

Tradução= “Ciência é mais do que uma matéria escola, ou a tabela de classificação periódica, ou as propriedades das ondas. É uma abordagem para o mundo, um modo crítico de entender, explorar e se integrar com o mundo e então ter a capacidade de mudar o mundo”

 

Veja em: http://www.ed.gov/stem  o plano do governo americano para a abordagem STEM.

Vamos mudar nosso Brasil, e depois pensar em ajudar a mudar o mundo...