Escrito por: Newton C. Braga

Uma quantidade enorme de artefatos construídos pelo homem, emitindo todos os tipos de radiação possíveis aumenta os perigos de que tenhamos nossa saúde afetada de forma irreparável. Como saber o que é perigoso e o que não é? Como nos prevenir contra tudo o que vem no futuro?

Por diversas vezes temos alertado nossos leitores sobre os perigos que diversos tipos de radiação e mesmo de campos elétricos apresentam, ameaçando nossa saúde.

Já falamos dos campos de baixa frequência, das radiações de fornos de microondas e recentemente do excesso de luz azul na iluminação de LEDs e de outras fontes, presentes no lar e nas grandes cidades.

O que pode vir ainda?

O assunto de momento em termos de tecnologia é a IoT (Internet of Things ou Internet das Coisas).

Ora, conexão à internet a partir de objetos de uso diário e vestíveis (wearables) envolve conexão sem fio e conexão sem fio envolve RF ou radiação eletromagnética.

Já estamos prevendo a onda de post alarmistas na Internet alertando sobre o perigo deste ou daquele tipo de equipamento, como já ocorre hoje em relação aos celulares, controles remotos de TV e muitos outros.

Infelizmente, a possibilidade de qualquer um postar coisas sem comprovação na Internet e principalmente a falta de critério No exame por parte daqueles que repassam esses boatos, fazem com que falsas ideias sobre os perigos da tecnologia se propaguem.

É claro que existem as verdadeiras e é delas que vamos tratar neste artigo.

Em primeiro lugar a intensidade dos sinais que os vestíveis e os objetos com conexão sem fio à internet, incluindo seu celular quando usa o seu acesso WiFI ou Bluetooth é muito pequena.

São milésimos de watt numa banda de frequência que não se comprova ter perigo para nosso organismo.

É muito menos do que irradia uma lâmpada comum, mesmo de LEDs, nos comprimentos de onda visíveis e até mesmo o campo magnético de um barbeador agindo diretamente sobre nosso rosto.

A própria instalação elétrica de nossa casa funciona como uma antena irradiando sinais de muito baixa frequência numa intensidade muitas vezes maior do que um vestível, um objeto inteligente ou ainda um celular.

Pode-se argumentar que a proximidade desses objetos cause algum dano, mas isso ainda precisa ser alvo de um estudo prolongado.

Muitas tecnologias ou descobertas científicas às vezes ou trazem deduções alarmantes ou mesmo, ao contrário, apregoando benefícios que realmente não existem.

Podemos citar o caso da radioatividade, quando descoberta, mostrou que ela causava a morte de micróbios e logo se apregoou que “era bom para a saúde” pois matava os micro-organismos responsáveis pelas doenças, não se levando em conta que também era nociva para as pessoas.

Uma febre de “xaropes de urânio” vendidos pelo interior dos Estados Unidos deve ter causado na época a morte de muitas pessoas, antes que o alerta fosse feito.

Tudo deve ser examinado com cautela. Vivemos num mundo imerso nos mais diversos tipos de radiação.

Dos campos de baixas frequências produzidos pelas linhas de transmissão de energia, mesmo dentro de nossas casas, a radiação de microondas de fornos (muito intensas quando escapam) , aos celulares e internet das coisas (IoT), tudo depende da intensidade.

A própria luz é poluente quando usada de forma indevida assim como as radiações próximas (ultravioleta e infravermelho).

As câmaras de bronzeamento, pela intensidade da radiação, a luz azul excessiva da iluminação noturna ambiente e até mesmo o brilho excessivo de monitores de vídeo, realidade virtual contam.

E, finalmente temos o som que pode danificar de modo irreversível nossos ouvidos. Já alertamos em artigo os perigos de se ouvir som alto (OP008). Os fones de ouvido usados para ouvir música a partir de diversos aplicativos podem estar colocando em perigo sua audição.

http://newtoncbraga.com.br/index.php/component/content/article/41-newton-c-braga/opiniao/3801-op008

Os alertas dados e as limitações de volume dos equipamentos nem sempre resolvem e muitos podem estar indo para além dos limites, para um ponto em que a perda gradual da audição não tem volta.