Escrito por: Newton C. Braga

Os SCRs são utilizados numa infinidade de circuitos que envolvem o controle de potência. Estes componentes são robustos, no entanto também apresentam problemas. Veja neste artigo como diagnosticar problemas em circuitos que usam este tipo de componente.

Para verificarmos se um SCR está funcionando num circuito, temos dois procedimento simples que dependem do tipo de alimentação.

 

a) Circuitos de corrente contínua

Nestes circuitos, normalmente quando o SCR é disparado ele se mantém em condução mesmo depois que o sinal de disparo desapareça.

Para uma prova no circuito procedemos da seguinte forma:

- Desligamos a comporta com a alimentação do circuito desligada.

- O SCR não deve conduzir. Se conduzir é porque está em curto.

- Aplicando um pulso de disparo, o SCR deve disparar (veja mais adiante como fazer isso).

Na figura 1 mostramos como isso deve ser feito.

 

   Figura 1 – Teste de disparo
Figura 1 – Teste de disparo

 

Alguns SCRs, para serem mantidos desligados precisam de um resistor entre o gate e o catodo, conforme mostra a figura 2.

 

   Figura 2 – Resistor de comporta
Figura 2 – Resistor de comporta

 

Sem esse resistor o SCR dispara mesmo sem um pulso aplicado à sua comporta.

O pulso de disparo pode ser obtido encostando-se um resistor de 10k a 47 na comporta, para o caso de SCRs sensíveis da série TIC, conforme mostra a figura 3.

 

   Figura 3 – Disparando o SCR
Figura 3 – Disparando o SCR

 

Se a carga estiver no anodo e sua corrente não for muito elevada, menos de 500 mA, podemos disparar o SCR usando uma chave de fendas, conforme mostra a figura 4.

 

   Figura 4 – Disparando com uma chave de fendas
Figura 4 – Disparando com uma chave de fendas

 

 

b) Circuitos de corrente alternada

Nos circuitos de corrente alternada, normalmente encontramos um diodo ou um diac na comporta, conforme mostra a figura 5.

 

 

   Figura 5 – Circuito de corrente alternada
Figura 5 – Circuito de corrente alternada

 

 

 Para teste, desligamos o circuito no ponto indicado na figura.

Se o SCR permanecer em condução, é sinal que se encontra em curto e se ao ser ligado não disparar, mesmo com a presença de sinal de disparo, ele se encontra aberto.

Em alguns SCRs muito sensíveis pode ser necessário colocar um resistor entre a comporta e o catodo para evitar o disparo errático, conforme mostra a figura 6.

 

   Figura 6 – Resistor de gate
Figura 6 – Resistor de gate

 

 Para disparar de forma simples, sem a necessidade de um circuito de disparo, podemos usar um resistor ou ainda, um resistor e um diodo, conforme mostra a figura 7.

  

   Figura 7 – Disparo de teste
Figura 7 – Disparo de teste

 

 Os valores do resistor são para o caso de SCRs da série TIC.

 Para SCRs com correntes maiores de disparo, o valor do resistor deve ser reduzido.