O circuito que descrevemos neste artigo testa capacitores de 100 pF a 1 uF com uma indicação segura do estado do componente. Alimentado por pilhas este provador é simples de montar, consistindo num projeto ideal para os iniciantes.

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Como testar capacitores em curto (INS025)

 

Um dos problemas dos multímetros comuns e dos provadores de continuidade é que estes aparelhos não revelam o estado real de um capacitor.

Se ele estiver aberto e for de valor pequeno, não teremos a indicação deste estado.

Por este motivo, o praticante de eletrônica só pode ter certeza de que um capacitor está ruim se ele apresentar fugas acentuadas, estiver em curto ou ainda não funcionar numa determinada aplicação prática.

Com o testador descrito neste artigo temos a comprovação real do estado de capacitores cujos valores estejam na faixa dos 100 pF até alguns uF.

Os capacitores podem ser de qualquer tipo e ter qualquer tensão de trabalho.

Alimentado por apenas 4 pilhas pequenas ele pode ser instalado numa caixa plástica de pequenas dimensões fornecendo uma indicação visual do estado dos capacitores em teste.

O consumo de energia deste aparelho quando em uso é muito baixo, o que significa uma enorme durabilidade para as pilhas usadas na sua alimentação.

 

Características:

* Tensão de alimentação: 6 Vdc

* Corrente exigida: 5 mA (tip)

* Faixa de capacitâncias testadas: 100 pF a 1 uF

* Freqüência de teste: 10 Hz a 1 MHz

* Tipo de indicação: visual

* Número de circuitos integrados: 1

 

COMO FUNCIONA

Uma das quatro portadas disparadoras NAND de um circuito integrado 4093 é usada como oscilador onde a freqüência é determinada pelo capacitor que está sendo provado.

Se o capacitor estiver bom gera-se um sinal cuja freqüência depende de seu valor e, através de C1, este sinal passa para D1 e D2 onde é feita sua retificação, carregando-se então C2 com uma determinada tensão.

Com esta tensão nas entradas das outras três portas do circuito integrado são colocadas no nível alto, o que faz com que suas saídas passem ao nível baixo ativando assim o LED1.

Se o capacitor não estiver bom, não ocorrem as oscilações e o capacitor C2 se mantém descarregado graças à presença de R2.

Nestas condições o nível das entradas das 3 portas usadas como inversores será baixo e o da saída alto, o que leva o LED2 a emissão de luz.

 

MONTAGEM

Na figura 1 temos o diagrama completo do provador de capacitores.

 

Na figura 2 temos a disposição dos componentes numa placa de circuito impresso.

 

O circuito integrado, para maior segurança, deve ser instalado em soquete DIL de 14 pinos e os LEDs podem ser de qualquer tipo ou cor.

Para a conexão do capacitor Cx em teste sugerimos a utilização de um par de garras jacaré.

Os fios de conexão a estas garras devem ser os mais curtos possíveis.

Os resistores são de 1/8W ou maiores e os capacitores eletrolíticos devem ter uma tensão de trabalho de 6V ou mais.

Os diodos admitem equivalentes de uso geral e C1 tanto pode ser de poliéster como cerâmico.

 

 

PROVA E USO

Para provar o aparelho basta ligar um capacitor em bom estado de 100 pF a 1 uF entre as garras jacar‚ e acionar S1.

O LED1 deve acender.

Unindo as garras jacaré, de modo a simular um curto-circuito ou fuga, o LED2 deve acender.

Para usar basta conectar o capacitor em teste entre as garras.

O capacitor deve estar fora do circuito em que ele funciona normalmente.

 


LISTA DE MATERIAL

 

Semicondutores:

CI-1 - 4093B - circuito integrado CMOS

D1, D2 - 1N4148 ou equivalentes - diodos de silício de uso geral

LED1, LED2 - LEDS comuns de qualquer cor

 

Resistores: (1/8W, 5%)

R1 - 10 k ohms - marrom, preto, laranja

R2 - 1 M ohms  - marrom, preto, verde

R3, R4 - 1 k ohms - marrom, preto, vermelho

 

Capacitores:

C1 - 100 nF - poliéster ou cerâmico

C2 - 1 uF - eletrolítico

C3 - 100 uF - eletrolítico

 

Diversos:

S1 - Interruptor simples

B1 - 6V - 4 pilhas pequenas

 

Placa de circuito impresso, caixa para montagem, suporte de pilhas, fios com garras jacaré, soquete para o circuito integrado, soquetes para os LEDs, fios, solda, etc.