Outro instrumento de grande utilidade na oficina de reparação e o seguidor de sinais que nada mais consiste do que num amplificador de pequena potência com dois tipos de entrada: uma entrada para sinais de áudio e outra com um diodo que permite a entrada de sinais de RF modulados.

Na figura 1 temos um circuito simples de um seguidor de sinais que usa um fone de ouvido na saída.

 

Figura 1
Figura 1

 

O seguidor de sinais é usado de maneira semelhante ao injetor de sinais, com a diferença que este segundo aproveita o próprio sinal que já deve existir no aparelho em prova. Se isso não ocorrer, podemos também usar em conjunto um injetor de sinais.

Tomemos como exemplo de uso do seguidor um rádio, já que ele possui tanto etapas de áudio como de RF.

Começamos por verificar em primeiro lugar se o sinal está presente no controle de volume. Este sinal pode ser o som de uma estação que procuram os sintonizar.

O circuito tomado como exemplo é o da figura 2.

 

Figura 2
Figura 2

 

Se o sinal estiver presente é porque o problema está depois do potenciômetro de volume, ou seja, nas etapas de áudio, indo em direção ao alto-falante. Se o sinal não estiver presente no controle de volume, então o problema está antes do controle de volume. Vejamos como proceder a análise das etapas:

 

Caso 1 - o sinal está presente até o controle de volume

Vamos passando sucessivamente da base de cada transistor para o coletor, etapa por etapa em direção à saída, no caso, o alto-falante. No momento em que o sinal deixar de ser ouvido temos a causa do problema.

Se o sinal estiver presente na base de um transistor ou antes do capacitor de acoplamento de base mas não no coletor, então a causa está no transistor ou nos resistores de polarização.

Veja também o transformador de carga no coletor, se ele for usado.

Se o sinal estiver presente no coletor de um transistor, mas não na base do transistor da etapa seguinte, verifique então os capacitores de acoplamento ou então o transformador que faz esta função.

 

Caso 2 - O sinal não está presente no controle de volume.

Neste caso, partimos em direção a etapa de entrada ou antena, procurando o sinal no coletor e na base de cada transistor. Se o sinal não estiver presente no coletor de um transistor, mas for encontrado na sua base, ou antes do capacitor de acoplamento de base, então a possível causa do problema é o transistor ou seus resistores de polarização.

Se o sinal não estiver presente na base de um transistor, mas for encontrado no coletor do transistor da etapa anterior, devemos verificar os componentes de acoplamento como o transformador (Fl) ou os capacitores. Veja na figura 3.

 

Figura 3
Figura 3

 

Veja que à medida que vamos nos aproximando das etapas osciladoras e de entrada, o sinal encontrado vai ficando cada vez mais fraco, pois temos etapas de amplificação. Neste ponto é importante ter um seguidor de sinais sensível para podemos detectar qualquer anormalidade de funcionamento.

Levando em conta que na maioria dos aparelhos encontramos etapas de áudio e RF, o procedimento para encontrar defeitos usando o seguidor de sinais é basicamente o mesmo. Apenas nos aparelhos amplificadores, intercomunicadores e outros que precisam de um sinal de prova é que eventualmente temos de injetar sinais de uma fonte de programa ou mesmo de um injetor de sinais.