O implante de pequenos chips em seres vivos, incluindo humanos, com finalidades terapêuticas e outras é uma realidade. Chip que liberam medicamentos quando os sintomas de uma doença se manifesta, sendo detectados por sensores, eliminação de tremores, como no mal de Parkinson, são coisas de nossos dias.


No entanto, a ideia de que podem ser implantados chips em pessoas, com finalidades outras que não seriam simplesmente nos ajudar se propaga de uma forma que assusta, principalmente aqueles que não têm a capacidade de entender e avaliar a tecnologia.
Alguns até dizem que poderiam ser implantados chips em nosso cérebro capaz de controlar nossa vontade ou transmitir nossos pensamentos para uma central de fiscalização (Big Data) achando que tudo isso é muito simples.
Até recebemos pedidos de socorro de leitores que acham que “tem algo implantado em sua cabeça” que o está vigiando ou controlando...
A tecnologia não está nesse ponto e o que temos hoje é algo simples demais para ser considerado ameaça.
A tecnologia e a ciência de nossos dias mal conhece os tipos de sinais que nosso cérebro emite ou opera, dada sua enorme complexidade e mesmo os estímulos, hoje se resumem a impulsos que podem apenas excitar ou inibir certas funções de forma extremamente superficial.
Não temos tecnologia para criar um chip capaz de “captar” sinais complexos de nosso cérebro que nos permita “ler pensamentos” ou ainda controla uma pessoa com a excitação inversa.
Isso não envolve a simples produção de impulsos, pois não temos ainda a ideia de como tudo funciona. Ainda estamos numa fase extremamente superficial da compreensão dos fenômenos.
E para complicar, criando ainda mais confusão, muitos ainda tentar explicar o que não é explicado nem pelos princípios da física e da fisiologia atual usando a ainda mal compreendida física quântica.
O que temos visto de documentos, vídeos e posts na internet tratando do assunto de uma forma que mostra total desconhecimento do assunto por parte de seus autores, é algo assustador. E mais assustador ainda é o número de pessoas que acreditam nessas informações e as repassam como verdades.
Um verdadeiro mar de desinformação percorrer nosso mundo virtual. Nós que somos da tecnologia, que temos uma formação científica e nossos leitões que sabem usar o senso crítico temos uma enorme responsabilidade em esclarecer tudo isso, lançando bases lógicas e fornecendo explicações que realmente não tragam mais confusão ainda.