Em nosso artigo Fitobiônica – Comunicação Eletrônica com os Vegetais (PN025) tratamos do trabalho de Cleve Backster que em seu livro Vida Secreta das Plantas tratou da possível existência de órgãos sensoriais nas plantas muito mais sensíveis e organizados do que poderíamos suspeitar. Isso levaria as plantas a uma interação com o meio ambiente e mesmo outros fenômenos numa forma muito mais ampla do que até então suspeitávamos. Pois bem, algumas descobertas recentes vêm mostrar que as plantas se interam com o meio ambiente de uma forma muito mais ampla do que pensamos.

A descoberta mais recente é que as plantas possuem moléculas denominadas fitocromos que ajudam as plantas saber se é dia ou noite pela luz ambiente. Desta forma, elas podem ajustar seu crescimento de acordo com a luz.

Mas, o interessante que os pesquisadores da Universidade de Cambridge descobriram é que durante o dia as moléculas detectam luz e durante à noite servem como sensores de temperatura. Assim, pelas informações dadas pelas moléculas, durante o dia a planta pode procurar as fontes de luz mais intensa e acelerar seu crescimento.

Além disso, os pesquisadores descobriram que essas moléculas podem informar as plantas quando a temperatura sobe ou desce e assim modificar em sua função a velocidade de seu crescimento.

Uma importância maior está sendo aos estudos sobre a ação dessas moléculas deve-se justamente ao fato de que o aquecimento global pode trazer modificações importantes nas culturas.

Saber mais sobre o modo como essas moléculas atuam é de extrema importância para o desenvolvimento de capacidades de adaptação dos vegetais do futuro que servirão de base para nossa alimentação.

E para nossos leitores interessados em pesquisar o comportamento das plantas diante de condições diferentes de iluminação e temperatura temos diversos projetos que podem ser trabalhados em nível de laboratório, principalmente ajudando no ensino de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM).

Os projetos poderiam utilizar fontes de iluminação com LEDs de modo a se analisar a influência das diversas cores, uso de campos magnéticos (como eles afetariam o funcionamento dos fitocromos) e muito mais.