Se bem que os efeitos dos campos magnéticos sobre a saúde sejam controvertidos, muitos utilizam pequenos aparelhos que geram campos magnéticos e até mesmo imãs na tentativa de alívio de certas dores ou outros problemas. O oscilador que descrevemos é experimental. Não prometemos curas ou efeitos maiores, deixando por conta do leitor procurar saber mais de fontes apropriadas.

Apregoa-se que campos magnéticos de baixas frequências podem ter efeitos benéficos em algumas situações que envolvam saúde.

Por exemplo, já foi verificado que a recuperação de fraturas pode ser acelerada com a ajuda de campos magnéticos externos.

Dores, segundo se acredita, também podem ser aliviadas sob certas condições com a ajuda de campos de baixas frequências e até mesmo a presença de imãs permanentes, como sugere a figura 1.

 

 Figura 1 – Uma aplicação da magnetoterapia
Figura 1 – Uma aplicação da magnetoterapia

 

No entanto, também existem estudos que mostram que campos intensos podem ser prejudiciais à saúde como os criados pelas linhas de transmissão de energia.

Assim, nosso projeto não promete nenhum efeito, pois isso é por conta de cada um.

Apenas ensinamos a montar um pequeno gerador de campos magnéticos de pequena intensidade que podem ser aplicados em pequenas regiões do corpo com as finalidades discutidas anteriormente.

O campo é de baixa intensidade, não oferecendo perigo e o manuseio do aparelho é simples e seguro.

 

Como Funciona

Quando uma corrente elétrica circula por uma bobina, conforme mostra a figura 2, um campo magnético é criado.

 

   Figura 2 – Campo magnético de uma bobina
Figura 2 – Campo magnético de uma bobina

 

A intensidade desse campo dependerá da intensidade da corrente e também do número de espiras da bobina.

Assim, para criar um campo magnético de baixa frequência, o que fazemos é usar um oscilador e um amplificador que aplicam o sinal a uma pequena bobina, como a mostrada na figura 3.

 

  Figura 3 – Uma bobina com núcleo de ferrite
Figura 3 – Uma bobina com núcleo de ferrite

 

O circuito também pode ser usado em experimentos, no laboratório de biologia ou botânica para se estudar o efeito de campos em animais.

 

Montagem

Na figura 4 temos então o circuito completo do aparelho que faz uso de um circuito integrado CMOS como oscilador.

 

  Figura 4 – Circuito do oscilador
Figura 4 – Circuito do oscilador

 

Para uma versão experimental, o circuito pode ser montado numa matriz de contatos com a disposição dos componentes mostrada na figura 5.

 

   Figura 5 – Montagem em matriz de contatos
Figura 5 – Montagem em matriz de contatos

 

Na montagem, observe a posição do circuito integrado e do transistor.

Nesta versão, damos a alimentação por uma fonte, mas nada impede que pilhas médias ou grandes sejam usadas, pois o consumo do circuito é algo elevado.

O transformador tem uma corrente de secundário de 500 mA aproximadamente.

Na figura 6 temos uma sugestão de caixa para a montagem.

 

Figura 6 – Sugestão de montagem
Figura 6 – Sugestão de montagem

 

A bobina é de construção caseira podendo ser enrolada numa pequena forma de papelão ou caixa com as dimensões mostradas na figura 7.

 

   Figura 7 – Enrolando a bobina
Figura 7 – Enrolando a bobina

 

Esta bobina consta de 30 a 100 espiras de fio esmaltado que pode ter qualquer espessura entre 28 e 32 AWG.

Um cabo com plugues serve para conectar a bobina ao aparelho.

 

Prova e Uso

Para testar, basta ligar o aparelho e aproximar a bobina de um rádio AM sintonizado fora de estação.

Se o circuito estiver funcionando uma interferência deve ser captado.

Também podemos testar o circuito ligando em sua saída um transdutor piezoelétrico ou mesmo um pequeno alto-falante que deverá apitar.

S2 comuta um alto-falante justamente de modo a se verificar o funcionamento.

S3 serve para aplicações momentâneas ativando o aparelho por curtos intervalos de tempo.

Para usar, basta posicionar a bobina sobre o local em que se deseja aplicar o campo magnético.

 

CI-1 – 4011 – circuito integrado CMOS

Q1 – TIP110 – transistor Darlington de potência

D1, D2 – 1N4002 – diodos de silício

S1, S2 – Interruptores simples

S3 – Interruptor de pressão

F1 – fusível de 500 mA

T1 – Transformador – ver texto

T – bobina

C1 – 2n2 – capacitor cerâmico ou poliéster

C2 – 1000 µF x 12 V – capacitor eletrolítico

R1 a R3 – 10 k Ω x 1/8 W – resistores – marrom, preto, laranja

P1 – 470 k Ω – potenciômetro

 

Diversos:

Placa de circuito impresso ou matriz de contatos, cabo de força, material para a bobina, fios, solda, etc.