Este efeito de som é interessante para os que editam mídias de som ou ainda que controlam o som de eventos, shows e outros ambientes. Com ele é possível passar o som de um canal para outro, dando a ideia de movimento. O circuito é intercalado entre a fonte de sinal e o amplificador.

O circuito apresentado pode movimentar o sinal de uma fonte sonora, um microfone, por exemplo, passando-o de um canal a outro de um amplificador e com isso, obtendo-se a sensação de movimento.

O circuito é alimentado por bateria ou fonte (que deve ter boa filtragem) apresentando um consumo muito baixo.

Na figura 1 temos um gráfico que representa a passagem suave de um canal a outro controlada por um potenciômetro.

 

   Figura 1 – funcionamento do circuito
Figura 1 – funcionamento do circuito

 

A linearidade do circuito é de -3 dB, o que significa uma excelente precisão para todos os tipos de aplicação.

Para o projeto, empregamos um circuito que pode ser um tanto quanto difícil de obter atualmente, o LM387 assim, antes de partir para a montagem, sugerimos que o leitor verifique sua disponibilidade.

 

Como Funciona

A base do circuito é um duplo amplificador operacional de precisão indicado para aplicações em áudio.

A pinagem deste circuito integrado é mostrada na figura 2.

 

   Figura 2 – Pinagem do LM387
Figura 2 – Pinagem do LM387

 

Este circuito integrado pode ser alimentado por tensões de 9 a 30 V e tem uma corrente quiescente de 10 mA.

O ganho sem realimentação é de 104 dB e a resistência de entrada de 100 k.

A resistência de saída é de apenas 150 Ω e a distorção harmônica total máxima de 0,1%.

No circuito apresentado, cada amplificador do LM387 é ligado de modo a apresentar um ganho unitário dado pelos resistores de realimentação.

O potenciômetro que controla o efeito é ligado em paralelo com as entradas e o cursor à terra de modo a desviar os sinais.

Na posição central, os sinais passam com igual intensidade e quando o deslocamos para um lado ou outro temos, ao mesmo tempo, atenuação de um e reforço do outro.

O circuito não necessita de fonte simétrica e a saída tem intensidade suficiente para excitar a maioria dos amplificadores comuns.

 

Montagem

Na figura 3 temos o diagrama completo do difusor.

 

   Figura 3 – Diagrama do difusor panorâmico
Figura 3 – Diagrama do difusor panorâmico

 

A montagem pode ser feita numa placa de circuito impresso com o padrão mostrado na figura 4.

 

   Figura 4 – Placa para a montagem
Figura 4 – Placa para a montagem

 

Como se trata de circuito que opera com sinais de áudio de baixa intensidade, o máximo de cuidado deve ser tomado com as blindagens dos fios.

Se for usada fonte, ela deve ter excelente filtragem.

Os componentes são comuns, exceto o integrado, não oferecendo maiores dificuldades para obtenção.

Os resistores são de1/8 W e os capacitores eletrolíticos para 25 V ou mais

 

Uso

Para usar o difusor é ligado conforme mostra a figura 5, numa aplicação convencional.

 

   Figura 5- Modo de usar
Figura 5- Modo de usar

 

A fonte de sinal pode ser instrumento musical ou ainda um microfone.

Instale o aparelho em caixa metálica para que ela sirva de blindagem, evitando assim a captação de roncos.

 

CI-1- LM387 – circuito integrado

P1- 10 k Ω – potenciômetro linear

R1, R2, R3, R4 – 15k Ω x 1/8 W – resistores – marrom, verde, laranja

R7, R8 – 56k x 1/8 W – resistores – verde, azul, laranja

S1 – Interruptor simples

C1, C2 – 1 µF – eletrolíticos

C3, C4. C8 – 100 nF – capacitores de poliéster ou cerâmicos

C5, C6 – 220 nF – capacitores de poliéster ou cerâmicos

C7 – 10 µF – eletrolíticos

C8 – 220 µF - eletrolítico

Diversos:

Placa de circuito impresso, caixa para montagem, cabos blindados, jaques de entrada e saída, fios, solda, etc.