Escrito por: Newton C. Braga

O ruído emitido por este pequeno oscilador de baixo consumo afugenta a fêmea dos mosquitos que é quem pica. Alimentado por pilhas ou bateria ele pode ser mantido ligado permanentemente, pois a corrente drenada é extremamente baixa.

Estudos revelam que o ruído produzido por um mosquito fêmea que é o único que pica, afugenta outras fêmeas da mesma espécie. Assim, osciladores que imitam tais insetos têm sido usados quase universalmente como “espanta mosquitos".

Evidentemente, sua eficiência depende de diversos fatores que devem ser levados em conta na montagem como, por exemplo, a espécie de mosquito que se pretende espantar, as condições de operação e, é claro (usando um pouco de senso de humor), esperando que não haja entre eles algum “surdinho" que não ouça o aparelho...

O nosso projeto consiste num oscilador de áudio de ultra baixo consumo, pois usa um circuito integrado CMOS, e que alimenta um transdutor piezoelétrico.

Alimentado por pilhas, o consumo estará entre 0,5 e 2 mA, o que garante a durabilidade extremamente grande para as pilhas ou bateria, mesmo ficando o oscilador permanentemente ligado.

Um ajuste de frequência permite encontrar o tom que tenha mais efeito sobre os insetos.

 

Características:

Tensão de alimentação: 3 a 9 V (pilhas ou bateria)

Consumo: 0,5 a 2 mA

Frequência: 500 a 5 000 Hz (ajustável)

 

A base do circuito é um integrado TLC7555, que consiste na versão CMOS do conhecido timer 555.

O que caracteriza esta versão é o seu baixíssimo consumo, dado pela tecnologia CMOS de integração.

No nosso caso ligamos este circuito integrado como oscilador, onde a frequência depende de R1, R2, P1 e do capacitor C1.

No trimpot P1 podemos ajustar esta frequência de modo a imitarmos um inseto e assim obter o efeito desejado.

O circuito integrado excita diretamente um transdutor piezoelétrico de bom rendimento.

Na verdade, o maior rendimento destes transdutores está justamente entre 3 e 5 kHz, que é a faixa que corresponde ao som da batida de asas dos insetos picadores.

A alimentação do circuito pode ser feita com tensões de 3 a 9 V, o que permite o uso de pilhas ou bateria.

Na figura 1 temos o diagrama completo do Espanta Mosquitos.

 

  Figura 1 – Diagrama do espanta-mosquitos
Figura 1 – Diagrama do espanta-mosquitos

 

Na figura 2 temos a disposição dos componentes numa pequena placa de circuito impresso.

 

   Figura 2 – Placa de circuito impresso para a montagem
Figura 2 – Placa de circuito impresso para a montagem

 

Instalada junto com as pilhas ou bateria esta montagem poderá ficar compacta o suficiente para caber numa caixa plástica do tamanho de um maço de cigarros.

Para circuito integrado sugerimos a utilização de soquete DIL de 8 pinos.

O trimpot é comum, para montagem vertical em placa de circuito impresso.

O transdutor é do tipo piezoelétrico devendo ser posicionado de modo que seu som saia da caixa.

Furos para esta finalidade devem ser previstos.

Para provar o aparelho basta, ligar sua alimentação.

Deve haver a emissão de um zumbido pelo transdutor.

Ajuste então P1 para que este zumbido se assemelhe ao bater de asas de um inseto.

Feito este ajuste é só usar o aparelho. O uso é simples: mantenha-o ligado nas proximidades do local em que estiver e os mosquitos não se aproximarão (novamente descartando-se possibilidade de haver algum “surdo"...).

 

Semicondutores:

Cl1 - TLC7555 - circuito integrado CMOS

 

Resistores (1/8 W, 5%):

R1 - 4,7 k ohms (amarelo, violeta, vermelho)

R2 - 2,2 k ohms (vermelho, vermelho, vermelho)

P1 - trimpot de 100 k ohms

 

Capacitores:

C1- 22 nF ou 47 nF – cerâmico ou poliéster

C2 - 220 nF - cerâmico ou poliéster

 

Diversos:

S2 - Interruptor simples

B1- 3 a 9 V - pilhas ou bateria

X1 - Transdutor piezoelétrico

Placa de circuito impresso, caixa para montagem, soquete para o circuito integrado, suporte de pilhas ou conector de bateria, fios, solda etc.