Escrito por: Newton C. Braga

Este polígrafo ou detector de mentiras experimental é um simples detector que consegue indicar pequenas tensões ou variações de resistências, podendo ser usado no laboratório, em demonstrações ou recreativamente.

Os polígrafos indicam pequenas variações de resistência que ocorrem quando uma pessoa que segura dois eletrodos mente.

Essas alterações tanto podem ser devida ao funcionamento das glândulas de suor, devido à tensão nervosa ou como a outros motivos.

Assim, conforme mostra a figura 1, basta fazer uma pessoa que seja interrogada segurar eletrodos e observar se o ponteiro do instrumento indicador se move.

 

   Figura 1 – O detector de mentiras
Figura 1 – O detector de mentiras

 

É claro que nosso circuito é experimental, não apresentando a sensibilidade e a forma de registros dos instrumentos usados legalmente.

Outra aplicação é no laboratório de química ou de biologia para detectar pequenas variações de resistência que ocorrem em substância em experimentos diversos como sensibilidade à luz, utilização de catalisadores, etc.

A figura 2 mostra como isso pode ser feito.

 

   Figura 2 – Utilização no laboratório de química
Figura 2 – Utilização no laboratório de química

 

Um experimento interessante é o que envolve a atividade elétrica manifestada por plantas, que segundo se afirma podem ser usadas para detectar fenômenos paranormais.

No livro “A Vida Secreta das Plantas” de Cleve Backster, o autor mostra que as plantas podem “sentir a presença” de pessoas e reagir eletricamente, o que só é detectado por aparelhos sensíveis.

Na figura 3 mostramos como detectar isso usando uma folha.

 

   Figura 3 – Detectando atividade elétrica de plantas
Figura 3 – Detectando atividade elétrica de plantas

 

A figura 4 mostra a caixa que sugerimos para a montagem, com terminais que podem ser usados para ligação dos eletrodos.

 

   Figura 4 – Sugestão de Montagem
Figura 4 – Sugestão de Montagem

 

 

Como Funciona

Conforme mostra a figura 5, o circuito consiste numa ponte de Wheatstone em que em um dos ramos colocamos um par de transistores na configuração Darlington.

 

   Figura 5 – O circuito básico
Figura 5 – O circuito básico

 

Desta forma, uma vez que a ponte seja colocada em equilíbrio pelo ajuste de P1, qualquer pequena variação da resistência entre o coletor e o emissor do par de transistores será indicada pelo instrumento.

Na aplicação normal, uma tensão de entrada muito baixa, conforme mostra a figura 6 pode ser detectada a partir do equilíbrio ajustado no circuito.

 

   Figura 6 – Detectando tensões
Figura 6 – Detectando tensões

 

Pequenas variações desta tensão são indicadas pelo instrumento.

Também podemos detectar variações de resistência, com a configuração mostrada na figura 7.

 

   Figura 7 – Detectando variações de resistência
Figura 7 – Detectando variações de resistência

 

O potenciômetro serve então para ajustar o ponto de equilíbrio do indicador.

O instrumento é o ponto mais importante do projeto, podendo ser usados tipos de 50 uA a 1 mA mesmo um multímetro analógico comum ajustado para a escala mais baixa de corrente.

 

Montagem

Na figura 8 temos o diagrama completo do polígrafo.

 

   Figura 8 – Diagrama do polígrafo
Figura 8 – Diagrama do polígrafo

 

Uma matriz de contato ou placa universal pode ser usada com a disposição de componentes mostrada na figura 9.

 

   Figura 9 – Montagem em matriz de contatos
Figura 9 – Montagem em matriz de contatos

 

Na montagem, observe as posições dos transistores e a polaridade da bateria.

O ideal para a montagem é usar um instrumento com zero no centro, mas na sua falta pode ser usado um instrumento comum, ajustando-se uma corrente de repouso no meio da escala.

Os resistores são todos de 1/8 W com qualquer tolerância.

Na figura 10 damos o modo de se instalar os diversos elementos do circuito numa caixa.

 

   Figura 10 – Caixa para montagem
Figura 10 – Caixa para montagem

 

 

Prova e Uso

Para usar como detector de mentiras, os eletrodos podem ser chapinhas de metal para apoiar os dedos ou então tubos de metal.

Pilhas gastas com a tinta raspada servem perfeitamente para esta função conforme mostra a figura 11.

 

   Figura 11 – Os eletrodos feito com pilhas
Figura 11 – Os eletrodos feito com pilhas

 

Para usar, mande alguém segurar os eletrodos e ajuste o instrumento para indicar uma corrente no meio da escala.

A pessoa deve ser instruída para manter o ponteiro sem se mover, com a pressão constante sobre os eletrodos.

Para experimentos de química temos uma sugestão de eletrodo mostrada na figura 12.

 

   Figura 12 – Eletrodo para experimentos de química
Figura 12 – Eletrodo para experimentos de química

 

Na figura 13 temos uma forma de se trabalhar com folhas em experimentos de biologia.

 

   Figura 13 – Eletrodo para folhas
Figura 13 – Eletrodo para folhas

 

Ajuste P1 para ter uma indicação de meio de escala e depois observe as alterações de acordo com os experimentos.

De tempos em tempos os eletrodos devem ser retirados e limpos.

 

Q1, Q2 – BC548 – transistores NPN de uso geral

M1 – Instrumento indicador – ver texto

P1 – 47 k ohms – potenciômetro

S1 – Interruptor simples

B1 - 6 V – 4 pilhas pequenas

R1 – 4k7 ohms – resistor – amarelo, violeta, vermelho

R2 – 1 k ohms – resistor – marrom, preto, vermelho

R3, R4 – 22k ohms – resistores – vermelho, vermelho, laranja

R5 – 1 M ohms – resistor – marrom, preto, verde

Diversos:

Matriz de contatos ou placa de circuito impresso, suporte de pilhas, caixa para montagem fios, solda, etc.