Pode a tecnologia ser usada para fornecer meios de comunicações com os mortos? Este tema, agora em alta tem encontrado apoio de muitos pesquisadores que trabalham com computação quântica, inteligência artificial e outros recursos que estão crescendo em importância para a tecnologia. Neste artigo, abordamos uma interessante aplicação que está sendo estudada e que pode abrir caminhos para uma eventual comunicação com os que já se foram.

PN023S

Marconi e Edison logo no início da era do rádio já admitiam que a recente invenção dos meios de comunicação sem fio poderia abrir caminho para um eventual contato com os espíritos.

As pesquisas posteriores e que até hora se realizam com a chamada Transcomunicação Instrumental ou ITC (Instrumental Transcommunication) que abordamos em diversos artigos desta seção, apregoam que tecnologias do rádio, da TV e de outros meios de comunicação e até mesmo a computação podem ser usadas para um eventual contacto com outras dimensões ou mesmo entes que já se foram.

Em nossos artigos damos diversas sugestões sobre pesquisas que podem ser feitas e sugerimos equipamentos eletrônicos, inclusive com muitos circuitos práticos, como em nosso livro Paranormal Electronics publicados nos Estados Unidos e para o qual estamos refazendo uma nova edição em português.

É claro que nesses artigos, nossa formação técnica nos impede de emitir comentários sobre as explicações dos fenômenos quando elas não se enquadram na ciência oficial.

Na verdade, estamos sempre comentando que a ciência oficial está cada vez mais aceitando a pesquisa em muitos setores que até então não eram considerados sérios ou com fundamentos científicos como ocorre com os chamados fenômenos paranormais.

Muita coisa está sendo pesquisada em universidades e centros de pesquisa sérios como o MIT, Harvard, Universidade da Califórnia e muitas outras da Europa e Ásia.

Agora, com o crescimento de recursos da computação quântica que parece fazer parte de nosso cérebro (como analisamos em nosso artigo PN043), e de recursos da inteligência temos novidades.

 

Inteligência Artificial e Comunicação com os Mortos

Os algoritmos de inteligência artificial estão se tornando cada vez complexos. Não será exagero dizer que um dia tais algoritmos poderão se tornar entidades com vida própria, ou seja, um programa de computador pode se tornar uma entidade viva assim como um robô que o utilize.

O fato está se tornando tão evidente que já existe uma entidade que está defendendo o “direito das máquinas”, com uma ONG que protege as máquinas inteligentes que estejam com suas “vidas” ameaçadas.

Em seu livro Fragrantes da Vida no Futuro, o Professo Zuffo explora a ideia de que programas que estejam nas “nuvens” disponíveis na internet criem vida própria, se tornando entidades ou criaturas virtuais. Estamos a caminho do transhumanismo (PN043).

Não estamos longe disso. Nos estados unidos, os filhos de um jornalista morto em 2017, John James Vlahos podem conversar com seu pai através do facebook.

O que ocorreu é que seu pai, portador de um câncer, sabendo que estava com os dias contados, passou os seus últimos tempos registrando suas conversas com os temas que mais gostava, criando assim um banco de dados com seu “perfil”.

Assim, mesmo depois de morto, usando este banco de dados, os filhos podem trocar ideias com o pai que responde usando informações desse banco de dados inteligente.

E indo além, uma agência funerária já utiliza a inteligência artificial para que os parentes do(a) falecido(a) mantenham com o mesmo uma comunicação post-mortem quer seja pela internet, quer seja pelo celular.

O projeto que faz uso de algoritmos especiais inclui um banco de informações sobre o falecido que permite formar uma imagem do morto, seus gostos, suas memórias, aquilo que mais gosta de conversar, os livros que já leu, os jogos que já assistiu e até mesmo seu palavreado.

Por enquanto o sistema permite apenas que se troquem mensagens escritas com o morto, quer seja pelo Whatsapp ou pelo Facebook. No entanto, os criadores do projeto estão trabalhando para conseguir um banco de vozes que possa ser usado para imitar a voz do falecido e assim a conversa será direta.

Com saudades do ente falecido, bastará tirar o telefone do bolso e discar para o seu número (interurbano para o outro lado...) e conversar com ele (seu avatar) por alguns minutos.

O assunto também já está sendo explorado no primeiro episódio da fase 2 da série Black Mirror (Be Right Back) onde Martha conversa com seu companheiro morto através de um programa especial criado a partir de todas suas interações com a Internet.

Qual será o próximo passo?