A forma mais simples de se "ver" através do organismo humano é a que faz uso dos raios-X.  Este tipo de radiação é penetrante o suficiente para atravessar os tecidos "moles" de nosso organismo, sofrendo apenas uma absorção maior nos tecidos "duros" como por exemplo os ossos, possibilitando assim a obtenção de uma imagem com contrastes. A forma mais comum de usarmos os raios X é na radiografia convencional que tem um princípio de funcionamento bastante simples, ilustrado na figura 1.



Uma válvula especial alimentada por uma tensão ultra alta de centenas de milhares de volts produz um feixe de elétrons que, ao incidir num anodo de forma violenta, libera energia suficiente para provocar a emissão de raios X.
Estes raios X são então dirigidos de forma a incidirem no organismo que se deseja radiografar. Por trás do organismo coloca-se uma chapa fotográfica que será impressionada pelos raios X que atravessarem o organismo. Desta forma, nos locais em que existirem tecidos "duros" como os ossos, a absorção dos raios será maior formando assim regiões de "sombra" na chapa. Nos locais em que os raios atravessarem com facilidade, a chamada será mais “queimada” formando regiões mais claras. Diversos problemas internos podem ser detectados conforme o nível de absorção dos tecidos, permitindo assim que os médicos os descubram sem precisar "abrir" o doente. Evidentemente, o grande problema deste tipo de procedimento, além da necessidade de "banhar" o paciente com uma radiação que é potencialmente perigosa, é que a imagem obtida é bidimensional. Forma-se na chapa uma imagem de sombras e claros em duas dimensões do que o indivíduo tem em seu interior. Assim, se um problema a ser detectado estiver justamente por trás de um osso que "faz sombra", com uma única chapa, ele não pode ser descoberto, o que é bem ilustrado na figura 2.



É por este motivo que, na detecção de certos problemas mais graves é necessário tirar mais de uma radiografia, com o paciente colocado em posições diferentes.