Muitos pequenos aparelhos de uso doméstico que são alimentados por pilhas e baterias podem ser ligados na rede de energia através de um eliminador de pilhas ou adaptador AC/DC. Estes aparelhos também são conhecidos como "fontes de alimentação" ou "fontes de corrente contínua". Na figura 1 temos o circuito típico de um adaptador deste tipo.



Conforme podemos ver, um circuito simples deste tipo é formado por um transformador que abaixa a tensão da rede de energia e depois de uma retificação por um diodo e filtragem por um capacitor eletrolítico entregam em sua saída uma tensão contínua entre 1,5 e 12 V. O transformador é importante pois isola o circuito alimentado da rede de energia evitando assim o perigo de choques. A saída para o aparelho alimentado é feita normalmente por um fio com um plugue que se encaixa num jaque apropriado. Na figura 2 temos a foto de um conversor comum.



Existem alguns pontos importantes para os quais o profissional da eletrônica deve estar atento quando trabalhando com este tipo de equipamento:

Tensão de trabalho - a tensão de saída do conversor é determinada pelo número de pilhas (ou bateria) que o equipamento a ser alimentado usa. Por exemplo, para um aparelho de 4 pilhas (4 x 1,5 V) precisamos de um conversor de 6 V. Para uma bateria de 9 V precisamos de um conversor de 9 V. Alguns conversores são fixos, ou seja, devem ser adquiridos já com a tensão desejada. Outros possuem uma chave que permite selecionar a tensão de saída. Nunca use uma tensão maior do que a exigida pelo aparelho alimentado pois ele pode sofrer danos irreversíveis.
Corrente de trabalho - a corrente de trabalho é determinada pelo consumo do aparelho o qual está relacionado com o tipo de pilhas ou bateria usada. Para aparelhos que usam pilhas AA a corrente estará entre 100 e 200 mA. Para aparelhos que usam pilhas tipo C a corrente deve ser entre 300 e 500 mA. Para aparelhos que usam pilhas grandes (D) a corrente deve estar entre 800 mA e 1 A . Para baterias de 9 V a corrente deve estar entre 50 e 200 mA.
Polaridade do plugue - os plugues de conexão aos aparelhos podem ter o pólo positivo no pino central ou o pólo negativo no pino central. É importante verificar antes de fazer a conexão se o pólo do plugue do conversor coincide com o do aparelho alimentado. Alguns conversores também possuem uma chavinha que permite selecionar qual das duas opções deve ser usada.

Um ponto importante a se observar nos conversores comprados na maioria das casas especializadas é que eles são formados por circuitos muito simples sem regulagem e às vezes com filtragem deficiente. O problema causado pela filtragem se reflete eventualmente em roncos quando aparelhos de som são alimentados (CD players, rádios, etc.). Um capacitor adicional de filtro de 1 000 a 2000 uF em paralelo com a saída, observando-se a polaridade pode ajudar a reduzir estes roncos e eventualmente oscilações. Nos CDs players podemos ter forte distorção com o volume aberto em sons graves quando a filtragem é deficiente ou quando a capacidade de fornecimento de corrente do conversor está abaixo do exigido pelo aparelho. Por causa da ausência de regulagem, observamos que a tensão que medimos num conversor com o multímetro quando ele não está alimentando nenhum aparelho é sempre maior do que quando ele está ligado. Assim, ao testar a saída de um conversor de 6 V com o multímetro você pode encontrar tensões bem mais altas, sem que isso signifique que ele esteja ruim. Tensões de 7 a 9 V podem ser encontradas neste caso.